grupo de reconhecimento de universos artísticos/audiovisuais

GRUA é um grupo de pesquisa ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, e composto por pesquisadoras/es e realizadoras/es de demais instituições (UFRGS, UFRRJ, UERJ, UECE, UCP, UFF) dedicadas/os à formação e à criação de narrativas artísticas e audiovisuais nas ciências sociais. Nossa proposta baseia-se na reflexão e na produção de imagens, sonoridades e outras expressões, em variadas bases de registro, suportes, formas e formatos – tecnológicos, estéticos, políticos e poéticos. Com ênfase na noção de cultura, tomamos eixos analíticos, bem como temáticas clássicas e contemporâneas de campos disciplinares,

a envolverem perspectivas teóricas e metodológicas relativas a movimentos culturais, realizadores/artistas, seus contextos, obras e recepção. Ultrapassando, também, discursos científicos formais, valorizamos trabalhos e ensaios fotográficos, cinematográficos, sonoros, instalações, entre outras mídias. Assim, pretendemos integrar produções e experimentações, de modo a contribuir e agregar conhecimentos e olhares acerca de heterogêneos mundos artísticos e sociais – universos a serem reconhecidos.

Pesquisadoras coordenadoras

Eliska Altmann

Eliska
Altmann

Professora do Departamento de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS/UFRJ). Possui graduação em Ciências Sociais (IFCS/UFRJ), mestrado em Comunicação (ECO/UFRJ) e doutorado em Sociologia pelo PPGSA/UFRJ, com período sanduíche na Universidad Autónoma Metropolitana - UAM, México - sob orientação de Néstor García Canclini. Realizou pós-doutorado na Escola de Comunicação da Universidade de São Paulo - ECA/USP. Realiza pesquisa para documentários, dentre os quais, Edifício Master, de Eduardo Coutinho. Co-diretora do filme Das nuvens pra baixo.

Autora do livro “O Brasil imaginado na América Latina: a crítica de filmes de Glauber Rocha e Walter Salles” - Contra Capa/ Faperj, 2010. Idealizadora do projeto CineCríticos - uma cartografia sociológica da crítica cinematográfica em quatro países: Argentina, Brasil, Cuba e México. Organiza o Acervo do NAVEDOC (IFCS/UFRJ) e a coleção “Cinema em livro: Eduardo Coutinho”, editada pela 7Letras. Tem experiência na área de sociologia, com ênfase em sociologia da cultura, atuando principalmente nos seguintes temas: teorias da recepção, movimentos culturais, cinema, crítica cinematográfica e América Latina.

Tatiana Bacal

Tatiana
Bacal

Antropóloga, professora do Departamento de Antropologia Cultural (IFCS-UFRJ). É coordenadora associada do Núcleo de Experimentações em Etnografia e Imagem (NEXTimagem) PPGSA/IFCS/UFRJ, e membro da Comissão do Prêmio Pierre Verger (2018-2020), do CAV/ABA. Realizou pós-doutorado (PNPD/CAPES) no Programa de Sociologia e Antropologia (PPGSA/IFCS/UFRJ) entre 2013 e 2018, foi professora do Departamento de Ciências Sociais da PUC-Rio entre 2004 e 2013.

É autora de “Música, máquinas e humanos: os DJs no cenário da música eletrônica” (Apicuri, 2012), de “A MPB em Discussão: Entrevistas”, com Frederico Coelho e Santuza Naves (UFMG, 2006) e de “O produtor como autor: o digital como ferramenta, fetiche e estética” (7Letras. 2016). Organiza com Eliska Altmann e a 7Letras, a coleção “Cinema em Livro: Eduardo Coutinho”. Atua nas áreas de imagem e visualidades e antropologia da música e do som.

Vi Grunvald

Vi
Grunvald

É travesti professora do Departamento de Antropologia e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRGS, onde coordena o Núcleo de Antropologia Visual e integra o Núcleo de Antropologia e Cidadania. Co-coordena também o Grupo de Reconhecimento de Universos Artísticos/Audiovisuais da UFRJ, além de ser pesquisadora de diversos outros grupos de pesquisa na Universidade de São Paulo (USP) como NAPEDRA, GRAVI, NUMAS e PAM. Possui formação também em cinema pela Academia Internacional de Cinema. É fotógrafa, realizadora audiovisual e seus trabalhos, tanto acadêmicos quanto artísticos, giram em torno de política, direitos humanos, gênero, sexualidade, arte, imagem, performance, cinema, estratégias documentais e teoria queer/cuir.

É também artivista da coletiva Revolta da Lâmpada, de inspiração queer e interseccional. E membra do Comitê Gênero e Sexualidade (2021-22) e do Comitê de Antropologia Visual (2019-22) da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), além de presidenta do Prêmio Pierre Verger (2021-2022) desta instituição. Seu último trabalho audiovisual, Domingo, realizado no âmbito de um projeto documental de narrativa transmídia realizado com Paulo Mendel e a Família Stronger – "familiastronger.com" – foi selecionado para o Royal Anthropological Institute Film Festival 2019, comissionado pela 21ª Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil e recebeu prêmios de melhor filme da Associação Portuguesa de Antropologia (APA) e da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS).

Parceira internacional

Paula Guerra

Paula
Guerra

Paula Guerra é Professora de Sociologia na Universidade do Porto e Investigadora no Instituto de Sociologia da mesma Universidade. Paula é Professora Associada Adjunta do Griffith Centre for Social and Cultural Research da Griffith University na Austrália. É fundadora/coordenadora da Rede Todas as Artes: Rede Luso-Afro-Brasileira de Sociologia da Cultura e das Artes e da KISMIF – "kismifconference.com" e "kismifcommunity.com" É presidente da International Association for the Study of Popular Music (IASPM) Portugal e integra o board da Research Network de Sociologia da Arte da European Sociological Association.

Coordena vários projetos de investigação subordinados às culturas juvenis, sociologia das artes e da cultura, cocriação, metodologias e técnicas de investigação, culturas DIY, entre outros temas. Tem igualmente orientado vários projetos de mestrado, doutoramento e pós-doutoramento nas áreas mencionadas. Paula é editora-chefe (com Andy Bennett) da revista da SAGE DIY, Alternative Cultures and Society.

Pesquisadoras/es associadas/os

Antonia Gama

Antonia
Gama

Antonia Gama é antropóloga visual e cineasta. De 2012 a 2022 esteve filiada ao Granada Centre for Visual Anthropology, na Universidade de Manchester (UK), onde concluiu o MPhil em Documentário Etnográfico (2013) e o PhD em Antropologia Social com Mídia Visual (2019). No mesmo departamento, realizou o pós-doutoramento financiado pelo ESRC/UKRI (2022) e atuou como Professora Assistente. Em 2020 sua tese de doutorado foi indicada ao Prêmio de Melhor Tese Europeia sobre o Brasil pela Associação de Brasilianistas na Europa (ABRE) e, em 2017, seu filme-dissertação O Olhar que Eu Tenho Hoje (The Way I See Today) foi premiado pelo Royal Anthropological Institute com o The Richard Werbner Award for Visual Ethnography.

Atua como professora convidada do IFCS/UFRJ no Laboratório de Audiovisual para Ciências Sociais e ministrou oficinas e painéis sobre este tema na UERJ, Universidade de Évora e Universidade de Belfast. No universo audiovisual, atua principalmente como editora e assistente de direção. Como editora, montou mais de 10 curtas e está montando seu primeiro longa-metragem documentário. Para a TV, editou inúmeros projetos para canais como History Channel, Curta!, GNT, Futura e Globo. Como assistente de direção, além de inúmeros curtas, realizou e instalou os projetos audiovisuais "Quatro Oceanos" e "Ecossistemas" em salas permanentes do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, e a instalação "Rio: Rhythms and Diversity" no Museu de Lausanne, na França.

Daniela Rodrigues

Daniela
Rodrigues

Daniela Rodrigues (Lisboa 1984) é doutora em Antropologia - Políticas e Imagens da Cultura e Museologia, mestre em Migrações, Interetnicidades e Transnacionalismo e possui formação paralela em desenho e filme etnográfico. Atualmente é pós-doutorada contratada pelo Idemec - Institut d’ethnologie méditerranéenne européenne et comparative / AMU - Aix-Marseille Université, onde tem em curso a pesquisa “Lines and Layers for Sintropic Storytelling: An Ethnography of the Soil”, no quadro do projeto AMIdex: Alternative Narrative Forms in Audiovisual Anthropology. O seu trabalho tem interligado a prática artística e académica em formatos multi-modais e colaborativos. Entre 2022 e 2023, realizou ensaios em torno de álbuns de família para o site de “Fotografia Vernacular Foto-Síntese” , com apoio do ICNOVA - Instituto de Comunicação da Universidade Nova de Lisboa. Com o apoio da Direcção-Geral das Artes e da Câmara Municipal de Lisboa, entre 2021 e 2022 concebeu, em coletivo, o projeto pluridisciplinar “The Ponds” . No âmbito da sua pesquisa doutoral realizou, com Ana Gandum, a exposição “coisas de lá / aqui já está sumindo eu” (Rio de Janeiro 2016), que teve subsequentes instalações no

Arquivo 237 (Lisboa 2017) e no Arquivo Municipal de Lisboa (2019). Em Janeiro de 2020, o livro-objeto resultante desta exposição venceu o Prêmio APA Margot Dias e Benjamin Pereira na categoria de melhor ensaio audiovisual em antropologia. Em outubro de 2016, textos e desenhos seus comissariados pelo Goethe Institut integraram o catálogo da exposição “Jogos do Sul” (Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro). Daniela pertence ao CRIA - Centro em Rede de Investigação em Antropologia, onde integra o NAVA - Núcleo de Antropologia Visual e da Arte, no qual fez parte do comitê de organização da primeira edição da FACA - Festa de Antropologia Cinema e Arte (Lisboa). Tem realizado pesquisas nas áreas da Cultura Material, das Migrações Contemporâneas e do Desenho Etnográfico. Sobre esta última temática tem desenvolvido, desde 2015, aulas e workshops teórico-práticos, também em contextos extra-académicos, em Portugal, na Eslovénia e no Brasil.

Emilio Domingos

Emílio
Domingos

Emílio Domingos é cineasta, antropólogo, pesquisador, roteirista e produtor. É membro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. Atua na área de documentários. Graduou-se em Ciências Sociais pela UFRJ com ênfase em Antropologia Visual, Cultura Urbana e Juventude. Mestre pelo Programa de Pós Graduação em Cultura e Territorialidades da UFF. Atualmente, é professor de Estudos de Mídia na PUC- Rio; e pesquisador associado ao GRUA, Grupo de Reconhecimento de Universos Artísticos/Audiovisuais, da UFRJ. Foi curador da Mostra Internacional do Filme Etnográfico e do Festival Visões Periféricas. Como diretor, realizou os longas: Favela é Moda, vencedor do prêmio Melhor Longa-metragem Documentário de Voto Popular no Festival do Rio (2019); Deixa na Régua, vencedor do Prêmio Especial do Júri do Festival do Rio (2016); A Batalha do Passinho; vencedor da Mostra Novos Rumos do Festival do Rio (2012); L.A.P.A., Melhor Filme no Festival Câmera Mundo, na Holanda (2008). Dirigiu 14 curtas, além dos videoclipes Alteração (ÉA!) de BNegão e os Seletores de Frequência; Para Onde Irá Essa Noite, Cira, Regina e Nana e Músico, de Lucas Santtana; e Dali de Marcelo Yuka.

Para a TV, foi Diretor Geral da série "Enigma da Energia Escura" com Emicida (GNT), na qual também dirigiu o episódio "Eu Falei Faraó - Cultura e Resistência". Em 2023, lançará seus novos longa: “Black Rio! Black Power!”, sobre os bailes de soul dos anos 1970 no Rio e “Chic Show” sobre o famoso baile black de São Paulo. Como roteirista, além dos seus filmes, escreveu “Gilberto Gil Antologia Vol.1” para o Canal Curta; a série “Anitta: Made in Honório” para a Netflix; o longa “Viva São João”, de Andrucha Waddington; a série "Viajando com os Gil"para a Amazon, o podcast “No Passinho do Funk” para a Kondzilla/Spotify; a série “Abre Alas, com Agnes Nunes” para o YouTube Originals; o vídeo “Visita Guiada” para a campanha do Mês da Consciência Negra do Google; a série “Romário, o cara” para a HBO. Como pesquisador, trabalhou em filmes como Mistério do Samba, Viva São João, Pierre Verger, Sou Feia Mas Tô na Moda e Santa Cruz; com diretores como João Salles, Breno Silveira, Lula Buarque de Hollanda; e no programa Esquenta, da TV Globo. Também atuou como chefe de criação no programa "É o Fluxo!", do Multishow. Responsável pela pesquisa de repertório para os CDs Tudo Azul, da Velha Guarda da Portela e Universo ao Meu Redor, de Marisa Monte. Foi consultor e realizou a pesquisa de conteúdo e imagens sobre a história dos bailes blacks para o novo Museu da Imagem e do Som do Rio (MIS-RJ).

Enio Passiani

Enio
Passiani

Professor do Departamento de Sociologia e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Vencedor do Prêmio José Albertino Rodrigues, de 2002, cuja premiação resultou no livro “Na trilha do Jeca: Monteiro Lobato e a formação do campo literário no Brasil”. Tem publicado artigos no Brasil e no exterior sobre teoria sociológica, sociologia da cultura, sociologia da literatura, sociologia da leitura e pensamento social brasileiro.

Continua se dedicando à pesquisa em sociologia da literatura e da leitura e mais recentemente tem se empenhado no campo da sociologia digital. Editor assessor da revista Sociologias, membro do Conselho Editorial da Editora da UFRGS e tutor do PET Conexões Ciências Humanas.

Fabián Nuñez

Fabián
Nuñez

É professor do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF). Também é credenciado ao Programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual (PPGCine-UFF). Trabalhou como voluntário (1996 a 1999) e estagiário (de abril de 2001 a junho de 2002) na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Foi docente credenciado ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da UFF, de 2010 a 2015. É membro da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA), fazendo parte de sua direção durante a gestão 2012-2014.

Atua na organização do Cineclube Sala Escura, projeto de extensão vinculado ao LIA (Laboratório de Investigação Audiovisual), desde 2010. É pesquisador da Plataforma de Reflexão sobre o Audiovisual Latino-Americano – PRALA e do Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual – LUPA. Seus temas de interesse são: cinema latino-americano, cinema brasileiro, história do cinema, crítica cinematográfica e preservação audiovisual.

Guilherme Marcondes

Guilherme
Marcondes

Professor adjunto o do Departamento de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutor e mestre em Sociologia e Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGSA/UFRJ). Possui graduação (licenciatura e bacharelado) em Ciências Sociais pela UFRJ e pós-doutorado em Sociologia pela Universidade Estadual do Ceará(UECE). Foi Coordenador de Pesquisa e Memória do Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea (mBrac) e assistente de pesquisa

no projeto Difusão e Educação Patrimonial do Acervo Histórico do CPDOC/FGV. Atualmente, é pesquisador associado ao Núcleo de Sociologia da Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NUSC/UFRJ) e ao GRUA - Grupo de Reconhecimento de Universos Artísticos/Audiovisuais (CNPq). Suas pesquisas entrecruzam a sociologia das relações étnico-raciais e a sociologia da arte.

Jorge de la Barre

Jorge
de La Barre

Doutor em Sociologia pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), Paris (2004). Atualmente é professor adjunto do Departamento de Sociologia e Metodologia das Ciências Sociais (GSO-UFF), professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal Fluminense (PPGS-UFF), e professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal de Pernambuco (PPGM-UFPE).

Pesquisador do Laboratório de Etnografia Metropolitana (LeMetro/IFCS-UFRJ) e do Núcleo de Estudos Cidadania, Trabalho e Arte (NECTAR/ICHF-UFF). Membro do Urban Culture Studies Collective (Universidade da Califórnia, Davis). Atua principalmente nos seguintes temas: cultura visual, cultura auditiva, música e cidade, cultura urbana, cultura e globalização.Um dos criadores do blog Mundos da Arte.

Sabrina Parracho Sant’anna

Sabrina Parracho
Sant’anna

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro(2001), mestrado em Sociologia e Antropologia pelo PPGSA/UFRJ (2004) e doutorado em Sociologia pelo mesmo programa (2008), com período sanduíche na Columbia University (EUA). Em 2019, concluiu pós-doutorado na Universitat de Barcelona (Espanha). Desde 2009, é docente da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, onde é professora associada do Departamento de Ciências Sociais.

Desde 2012, é professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFRRJ, do qual foi vice-coordenadora (2012-2014) e coordenadora (2014-2016). Desde 2011, coordena o Grupo de Trabalho de Sociologia da Arte da Sociedade Brasileira de Sociologia, juntamente com Ligia Dabul (UFF) e Maria Lucia Bueno (UFJF). De 2015 a 2019, foi bolsista Jovem Cientista da FAPERJ. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia da Cultura e Sociologia da Arte.